(2007)
Esvaziei meu coração
Limpei o meu quintal
que cinzento de solidão,
de cimento e cal
Levou-me à reflexão
De que não é de todo o mal
esse vazio no chão.
Por um tempo, me acolhi
E meu âmago, a mim
Mas à míngua me senti
sem o aroma do alecrim.
Pouco a pouco me esqueci
Do perfume do jasmim
A escassez de alegria
Que eu sei não ser só minha
Pede uma companhia.
Mas há muito não estou sozinha
Pois sei que tudo se inicia
Quando oculta, na estreita linha
Do canteiro cinza, já surgia
a primeira erva daninha
(D'onde brota um poeminha)
Um comentário:
Acho que me lembro desse...
Vou visitar sempre.
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