Toque singelo me risca a tez e faz fagulha
O juízo me censura se meu âmago clama
Inflama meu íntimo, d'onde o sangue lateja
Dos pés às têmporas em fervura
Ardo
Combustão me repele, me impele e me debulha
Em delírio mergulha e aviva a flama
Descama minha pele, me rasga o couro
Revela minha verdade com brandura
Fardo
Nas formas do que é onírico, uma mão de ternura
Já não sei se a lonjura é aventura ou drama
Holograma do eu lírico em transformação
Guardo a chama em ruptura
Tardo
O juízo me censura se meu âmago clama
Inflama meu íntimo, d'onde o sangue lateja
Dos pés às têmporas em fervura
Ardo
Combustão me repele, me impele e me debulha
Em delírio mergulha e aviva a flama
Descama minha pele, me rasga o couro
Revela minha verdade com brandura
Fardo
Nas formas do que é onírico, uma mão de ternura
Já não sei se a lonjura é aventura ou drama
Holograma do eu lírico em transformação
Guardo a chama em ruptura
Tardo
E já não sou brasa a queimar
Sou som, sou cinzas, sou ar
Sou água a suar
A escoar
A eva p o r a r . . .
Sou som, sou cinzas, sou ar
Sou água a suar
A escoar
A eva p o r a r . . .
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