Dos povos, das flores no muro
Em mil novecentos e algum lugar do futuro.
Primavera certamente era
Pois algo floresceu à esquerda do peito
Ainda que direito não o percebera.
Era fértil a Primavera
Quando os olhares se firmaram
E Outubro era rubro quando não soltamos as mãos.
A Primavera daquele ano
Foi de flor e chumbo, lâmina e lágrimas
Marcou lares, separou mares, dividiu águas.
Era Primavera, a estação.
Chamando, urgente,
Todo o meu íntimo,
Toda a minha mente, voz e corpo
Toda a minha gente
Para a revolução
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