Banquete

Tenho fome de palavras do outro
As ditas e as eruditas
As escritas vizinhas

Quero comê-las
E, com elas, manchar meus lábios
Lamber seu agridoce
Possuí-las na minha língua
Para forjar pensá-las
Até que se tornem linhas

Me nutrir de palavras tuas, delas
Para não ter de sentir
Tanto com as minhas

Nenhum comentário: